segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dez coisas para nunca mais esquecer:

Seguindo a linha do meu blog pessoal, onde postei ontem sobre memória digital x memória emocional, vou levantar aqui um desafio para minhas amigas leitoras (leitores também). Citem aqui dez coisas das quais você não quer esquecer nunca mais. Mas com uma regra: são momentos da sua vida que não foram filmados nem fotografados. Memórias do coração, que você não quer esquecer jamais. Vou começar, e tentar escrever coisas relativas somente ao Mateus:

1. O dia em que eu fiz uma ultra e que havia um folículo com 19 mm. Era a deixa para nós "mandarmos ver" pra tentar fazer um neném. Fomos comemorar com um lanche no Mc Donald's em Madureira.

2. O dia em que Deus me falou nitidamente: Você vai conseguir. Desta vez vai dar certo. Eu estava num momento de oração íntima com Deus, na sessão de deserto da oficina de Oração e Vida.

3. O positivo. O resultado era pra sair às 17 horas, mas eu tive que ligar umas 3 vezes, e por volta das 18 horas eu telefonei, dei meu nome e ouvi: "positivo, tá?" e eu... "tá..." não chorei, não gritei, não fiz nada. só liguei pro Alan, e quando ele disse: "oi!" eu disse: "parabéns..." momentos mágicos, que nem tem como descrever!

4. A primeira consulta pré-natal. Eu já havia tido vários sangramentos e achava que nem estava mais grávida. A obstetra me dando data de parto, fazendo mil recomendações, e eu apática, com o pensamento longe. Até que ela interrompeu a consulta, e mandou que eu fosse pro ultrassom. Chegando lá, assim que a médica posicionou a sonda, eu vi, ela nem precisou falar. Um grãozinho de arroz piscando, era o coraçãozinho do Mateus, com 6 semanas de gestação.

5. A sensação dele mexendo na barriga. Ainda sonho com isso, e a sensação é igual. Indescritível.

6. Ver finalmente minha barriga redondinha, como grávida (sim, porque ela ainda está redondinha rsrs). De pé, na porta da cozinha, fiquei admirada ao me ver carregando um filho na barriga.

7. Ver e tocar meu filho pela primeira vez. Dentro da incubadora, pele transparente, todo pequenininho, aqueles dedinhos...

8. O primeiro beijo. Foi vários dias depois de nascido, no momento da pesagem. Eu perguntei: "posso dar um beijinho nele?" E a enfermeira: "claro!" Então, beijei a cabecinha, tava com um cheirinho de esparadrapo, por causa de toda aquela parafernalha. Nenhuma mãe merece perguntar se pode beijar o filho... nenhuma. Pausa para nó na garganta...

9. A primeira mamada. Depois de um dia de tentativas, ele com soninho o dia todo e preguiça, às 18 horas do dia 13 de agosto de 2006, assim que eu o posicionei no colo, nem precisei por o peito na boca dele, ele mesmo o achou e mamou 35 minutos seguidos!

10. A arrumação para a alta. Tirar o oxímetro do pezinho dele, vestir a roupinha que eu escolhi. Sentir Mateus meu. Mais meu do que nunca. Segurar no colo aquele pedacinho de gente, sem nenhum fio ligado a ele, com a certeza de que finalmente ia sair dali. Ô delícia! Fechei os olhos agora para reviver tudo isso... muito bom.

Então, pessoal, tem é coisa pra lembrar, eu fiquei só até a alta, e veio muito mais bênçãos depois! É que a gente tem mania de lembrar de tragédia, de dor e esquece os momentos simplesmente bons. Não vamos deixar sumir de nós essas lembranças, e eu tenho certeza de que você tem umas ótimas pra me contar. Não tem?

Um comentário:

Vivian disse...

Oi querida, li emocionada seu post.
Depois que nos tornamos mães, se nos fazem essa pergunta a primeira coisa que vem à mente são nossos filhos, os muitos momentos felizes que tivemos ao lado deles.
Sabe a primeira coisa que eu fiz, assim que trouxeram o Gá até mim?Fechei os olhos e o cheirei profundamente, para aquele cheirinho nunca mais ser esquecido.

Adorei o post!
Bjos

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